Lua - Blog Posts

eu quero te ver fora do barulho, fora da fumaça e das luzes piscando, quero te ver numa terça feira a noite, só pra dar um oi, quero te ver num domingo cinza, assistir filme e pedir uma pizza, quero te beijar sem gosto de bebida, sem correr contra o tempo, quero te levar em casa depois do jantar, dar boa noite pros seus pais, levar uma planta de presente pra sua mãe.

quero escutar nosso silêncio gritando, fora do barulho, rir atoa, te escrever uma música, te levar num lugar novo, ser o seu porto seguro, eu quero muito te amar fora de todo esse barulho.

mercúrio retrógrado

me deu saudade de você, de nós

das implicâncias infantis, de bagunçar os meus lençóis

saudade da gente, de quando o amor era pra sempre

mas nada é pra sempre, a gente aprende da pior forma

eu te perdi de vista, sem lugar, sem dia e sem hora

eu te esperei por anos, eu me perdi tentando te encontrar

quando na verdade, você andou muito, só eu não saí do lugar

mercúrio retrógrado, deu saudade de você, de nós

da juventude precoce, e um amor feroz

da descoberta instantânea, quando eu corava e você ria

a gente foi feliz um tempo, a gente só não sabia

a gente já se reencontrou, ja nos amamos outras vezes

em outras vidas, em outros lugares, outros anos, outros meses

você não quer dar certo.

e mesmo assim não sei ficar longe,

e oro pra lua toda noite, me mostrar onde é que você se esconde

um sentimento sentido em silêncio,

palavras não dizem o que é viver, nem como viver

como vou te falar do meu anseio em te pertencer, se é como eu vivo

e palavras não dizem como é viver.

te peço que entenda meu silêncio, que ao mesmo tempo é grito

e que sinta, também em silêncio, um terço do que sinto

e assim, quando meu olho te ver, o meu silêncio vai gritar em plenos pulmões como é viver no anseio de te pertencer

e lá vem você me bagunçar, me fazer questionar, me por em conflito

eu não queria ceder, eu tento, eu evito

eu corro pra fugir, mas é claro, não consigo...

eu confiei no invisível, e não tive respostas

eu me deixei levar pelo sentimento,

eu não tive retorno, não tive lamento

não tenho escolha, só restam tormentos

🌗

Ela era como o sol e eu era a lua, precisava dela pra me iluminar. Nos vimos a primeira vez, meu olho brilhou, um sorriso escapou, eu soube que algo aconteceria. Lua nova. Quando estávamos nos conhecendo, era tudo novo, animador, muitas expectativas. Lua crescente. Então, nos amamos, e era tudo lindo, a felicidade tomava conta, o e o mundo todo foi contagiado pela nossa alegria. Havia sol de dia e a noite lindas estrelas, foi noite de lua cheia. Quando a gente brigou, foi triste, doloroso, era um caos, era incerto. Noite de lua minguante, dia nublado. E de repente, um apagão, não houve mais dias ensolarados, nem noites estreladas, nem muitos sons, a terra se calou diante a tanta solidão. Nos encontramos novamente, uma última vez, uma despedida, nos amamos como nunca, teve lágrima, teve sorriso, o fim de um ciclo, encerrado de forma linda como nunca visto antes. Nesse dia a terra parou para somente observar o eclipse do nosso amor

nós.

Nossos olhos se encontram

E tudo acontece

Meu corpo estremece,

Me vem flashbacks.

Do suor escorrendo,

Do movimento sem pressa

Da sua voz em meu ouvido,

Da noite inteira fazendo festa.

Nossos olhos se encontram,

E eu não sei o que pensar

Não sei você pensa o mesmo,

Se também já quis tentar

E os pensamentos me torturam,

Pois lá guardam a incerteza

E eu ainda me arrependo,

Melhor o incerto do que a tristeza.

Será que você também pensa em mim,

Como em você eu tenho pensado?

Eu queria tanto o lugar dela,

Embora eu saiba que é errado.

Nossos olhos se encontram,

Uma fortuna pelos seus pensamentos,

Pois, não aguento tanta dúvida

Sobre os seus sentimentos.

E a dor me corrói,

Eu volto a pensar em nós

No pouco que fomos,

No muito que podiamos ser

No tanto que perdi,

Mesmo antes de ter.

Mas a vida continua,

E eu espero que esteja contente

Enquanto continuo esperando

Nossos olhos se encontrarem novamente.